Memória da aula do dia 08/10/2014.
Nessa aula retomamos as discussões referetes às questões relacionadas ao texto e ao hipertexto para compreender as características fundamentais, tanto de texto quanto às do hipertexto, suas relacões, os seus elementos diferenciadores, as consequencias do hipertexto relacionadas à escrita e autoria, a produção de sentidos em hipertextos multimodais.
Discutimos as contribuições que os autores Braga &Ricarte, Perfetti, Rada, Miall, Rouet & Levonen, Ingedore Coch, Lemke, Vieira e Beaugrande deram para fundamentação do trabalho de GOMES (2010).
Discutimos também o sentido do "HIPER" no hipertexto e a textualidade, intertextualidade do hipertexto.
Falamos sobre os fundamentos da linguistica, letramentos ( uso social da escrita), nível de qualificação dos profissionais cientistas relacionados à area da Linquistica.
Entre tantos assuntos discutidos, o professor Luiz Fernando nos deu várias dicas de como aproveitar melhor os aplicativos do WORD para facilitar a produção de texto acadêmico, hipertexto e outras coisas mais.
Sites sugeridos pelo professor Dr. Luiz fernando Gomes.
http://www.nngroup.com/people/jakob-nielsen/
https://itunes.apple.com/br/app/saraiva-reader/id388188706?mt=8
http://vemprarua.org/
Este é um espaço de troca de conhecimento sobre hipertextos e multimodalidade de linguagens.
domingo, 19 de outubro de 2014
terça-feira, 7 de outubro de 2014
GUIA DE LEITURA PARA OS TEXTOS DA AULA DE 24/09/14.
Texto: TEXTO E HIPERTEXTO: O “HIPER” DO HIPERTEXTO E OUTRAS
QUESTÕES
1-
Qual
a motivação do autor para propor um estudo sobre o “hiper” do hipertexto, ou
seja, o que o autor pretende com o texto?
O que
motivou o autor foi a necessidade de entender melhor o hipertexto como objeto de estudo da linguística;
sua produção; recepção e sua usabilidade; esta, relacionada ao hipertexto enquanto produto
tecnológico.
Pois, segundo ele, dependendo da visão que tivermos do
hipertexto, isso trará implicações aos papeis que atribuímos aos autores e
leitores de textos. E, que a
generalização do termo “hipertexto” explorado na internet, por exemplo, se
aproxima muito dos textos impressos, deixando assim de explorar outras linguagens multimodais e demais
possibilidades técnicas dos hipertextos.
Com isso, o autor propõe que o texto
dentro de um hipertexto seja algo processual, aquilo que o leitor elegeu
para ser lido a partir de links disponibilizados no hipertexto.
2-
Quais
questões o autor discute? Enumere-as e comente-as, dando sua opinião e
acrescentando ou refutando seus argumentos.
As questões que o autor discute
nesse trabalho são:
1- Compreensão
do hipertexto e suas características constituintes fundamentais.
2- As
relações entre texto e hipertexto.
3- Os
elementos diferenciadores do hipertexto.
4- As
consequências do hipertexto para escrita
( autoria) e a produção de sentidos em hipertextos multimodais.
Comentário
1-
Segundo o autor, desde os anos 60 a linguística vem tentando explicar a
textualidade do texto, ou seja, o que faz o texto ser considerando um texto. O
autor cita que o conceito de texto (
segundo Coch, 2005) depende das concepções que se tenha da língua do sujeito,
língua como código a ser desvendado e sujeito como conhecimento de mundo, assim
o texto é um instrumento de comunicação, interação e lugar de construção de
sentidos. Há nesse contexto, a necessidade de uma melhor compreensão de
questões ainda não resolvidas pela
linguística a respeito do texto para depois tentar entender o processo
de construção de sentido em um hipertexto.
2-
Há estreita relação de texto com hipertexto, do
ponto de vista da recepção cognitivo, todo texto é um hipertexto. Quatro são os
fatores relevantes do texto e do hipertexto: Intertextualidade ( nenhum texto pode existir sozinho), Informatividade ( o fato novo, o
desconhecido), Situcionalidade (
mensagem que o texto comunica, relação com situação) e Topocidade ( sequencia de tópicos colocados pelo autor). No caso do hipertexto, o leitor perde a noção
de totalidade do texto nesse fator. Nesse sentido, a noção de contexto pode
mudar.
3-
Os elementos que diferenciam o hipertexto de um
texto são o fato de o hipertexto só existir em um espaço virtual e de ter
que existir a presença de links que dão
acesso a outros textos.
4- As
consequências do hipertexto para escrita é que ele facilita, amplia ou modifica
a natureza da leitura e os papeis do autor e do leitor, ambos com mais poderes
para construir sentidos em diferentes modalidades de linguagem.
3-
Quais
os autores/obras que ajudam o autor a fundamentar sua argumentação? É possível
fazer um quadro seguindo critérios de posicionamento de cada um deles?
Autores que contribuíram com o autor na fundamentação de sua
argumentação sobre “O “HIPER” DO
HIPERTEXTO E OUTRAS QUESTÕES”.
.
Braga e Ricarte (2005)
|
propõem uma explicação para a
abrangência conceitual do termo hipertexto, lembrando que ele surge de
conceitos técnicos de recuperação de arquivos digitais viabilizada por linguagens como o HTML13 e o XML14 e
não de reflexões linguísticas.
|
Perfetti (“Text and
Hypertext”, 1996)
|
Perfetti, ao iniciar sua reflexão sobre a relação entre
texto e hipertexto, pergunta: o há de mais além do prefixo hiper- no
hipertexto?.
|
(RADA,1991)
|
(...) o prefixo hiper- tenha vários
significados, e que ele não se refere, necessariamente, ao sentido de
superior ou melhor.
|
Miall (1998)
|
(...) diz que devemos partir do que sabemos
sobre leitura e escrita de textos impressos e os processos psicológicos que
as embasam para verificarmos de que maneira o hipertexto muda ou impacta
esses processos.
|
Rouet & Levonen (1996)
|
(...) na buscam de semelhanças do texto e hipertexto, e
retomam o percurso de muitos pesquisadores, justificando sua escolha devido à
falta de fundamentação teórica disponível.
|
Koch (2005
|
Busca
também as semelhanças entre texto e hipertexto (...) ao comparar, assim como
Rouet e Levonen, as notas de rodapé e as referências feitas no texto
acadêmico impresso com os links e à liberdade do leitor em interromper a
leitura no momento em que quiser para ler ou consultar as notas.
|
Lemke
(2002)
|
Para ele,
“o hipertexto difere radicalmente do texto impresso na medida em que oferece
ao leitor apenas unidades de informação com possibilidades de trajetórias e loops
sem que haja um eixo narrativo ou argumentativo
que os relacione entre si de forma seqüencial”.
|
Marcuschi
(2006)
|
(...)
defendendo um ponto de vista que me parece demasiadamente amplo sobre o que é
que hipertexto que, por explicar tudo, acaba não explicando nada.
|
(LANDOW,
1997; SNYDER,1998),
|
(...)desnecessária
a adjetivação hipertexto eletrônico e incorreta a denominação de proto-hipertexto,
adotada por alguns autores posto que o hipertexto nasceu com os recursos da
eletrônica.
|
Vieira
(2002)
|
(...) certamente,
alargarão as fronteiras das pesquisas linguísticas nessa área e nos ajudarão
a compreender seus limites e possibilidades, como também é o caso do presente
trabalho de pesquisa.
|
Beaugrande
(1997)
|
como princípios de acesso e não de boa
formação textual, Entre tais princípios,27. caberia mencionar a intertextualidade, a
informatividade, a situcionalidade, a topicidade, a relevância e a
coerência.”
|
4-
Qual a crítica que o autor faz a respeito das
mudanças de foco nas pesquisas sobre hipertexto e sobre os modismos acadêmicos?
O autor critica a mudança de foco
nas pesquisas sobre hipertexto no
sentido que, os modismos acadêmicos não estão direcionando os estudos sobre hipertextos para linha da
linguística como deveria ser. Suas pesquisas têm se restringido, muitas vezes, na tentativa de caracterizar o hipertexto, relacionando-o
a conceitos técnicos, à sua usabilidade, deixando de lado suas
características linguísticas. Não se preocupando assim, em chamar a atenção para diferentes
possibilidades inovadoras de construção de sentidos, nas diversas modalidades de linguagens que compõem um hipertexto.
5-
O que
ou em que as pesquisas na área de Linguística Aplicada e Linguística de Texto
deveriam se ater para estudar o hipertexto? Quais questões estão em aberto,
segundo o autor?
Segundo o autor, as pesquisas na
área de Linguística Aplicada deveriam se
ater às discussões, estudos e, especialmente, a experimentos na área da leitura
e escrita em ambientes pedagógicos ou não, para que possamos compreender melhor o hipertexto e como se dão
os processos de autoria e, de construção de sentido.
6-
É
possível fazer um quadro entre as semelhanças e diferenças entre texto e
hipertexto? Discuta essa possibilidade e proponha um quadro. Acrescente uma
coluna com suas próprias observações e comentários a respeito de cada item.
Segundo o autor, há diferenças e
semelhanças entre o texto e o hipertexto, ele nos apresenta alguns autores
que têm se debruçado sobre esse assunto.
|
||
Segundo ele, “Rouet & Levonen (1996) partem para uma
comparação entre texto e hipertexto buscando as semelhanças entre eles. Para isso, eles “retomam referencias de outros pesquisadores justificando sua
escolha devido à falta de fundamentação teórica disponível. (...). Assim,
para eles, no hipertexto, as informações são colocadas em “páginas” e há
também um índice”.
|
||
“Koch (2005) complementa a ideia
“ao comparar, assim como Rouet e Levonen, as notas de rodapé e as referências
feitas no texto acadêmico impresso com os links e à liberdade do leitor em
interromper a leitura no momento em que quiser para ler ou consultar as
notas”. (...) Koch, analisando outros tipos de textos, tais como textos
acadêmicos, notícias jornalísticas, livros didáticos, revistas de divulgação
científica e, em graus diversos, para muitos outros gêneros textuais,
inclusive os dicionários e enciclopédias, é comum encontrar boxes, gráficos,
tabelas, fotos e ilustrações aos quais o texto de fundo remete e que o leitor
poderá ler para obter uma visão mais completa do que está acontecendo para
construir a sua interpretação do fato”.
|
||
Lemke (2002) são mais radicais ao
apontar as diferenças. Para ele, “o hipertexto difere radicalmente do texto
impresso na medida em que oferece ao leitor apenas unidades de informação com
possibilidades de trajetórias e loops sem que haja um eixo narrativo
ou argumentativo que os relacione entre si de forma sequencial”.
|
||
“Marcuschi (2006) também toma
atitude radical, defendendo um ponto de vista que me parece demasiadamente
amplo sobre o que é que hipertexto que, por explicar tudo, acaba não
explicando nada. Para ele “o hipertexto não é um fenômeno do meio
estritamente eletrônico ou exclusivamente do mundo digital...” (p.186)”.
|
||
“Braga (2004, p. 146) já defende
uma postura mais moderada, pois, para ela, o hipertexto é uma continuidade do
texto impresso; diz a autora que: a organização estrutural do hipertexto
recupera e expande formas de relações inter e intra-textuais já exploradas
nos textos impressos, principalmente os de natureza acadêmica.
|
||
No entanto, segundo a autora, há
uma diferença fundamental: na tela, essas ligações vão além de expansões ou
relações secundárias e passam a ser centrais na estruturação do texto”.
|
||
“LANDOW, 1997; SNYDER,1998)(...)
“torna desnecessária a adjetivação hipertexto eletrônico, e incorreta a denominação de proto-hipertexto,
adotada por alguns autores. (Landow, 1997, por exemplo), posto que o hipertexto
nasceu com os recursos da eletrônica”.
|
||
Segundo o autor,
o que percebemos é que as opiniões sobre as semelhanças e diferenças entre
texto e hipertexto apresentam pontos de vista que revelam diferentes olhares
sobre o hipertexto.
Quadro comparativo
|
||
Semelhanças
entre texto e hipertexto
|
Diferenças entre texto e hipertexto
|
|
Texto e hipertexto
|
Texto
|
hipertexto
|
• Informatividade
• Situcionalidade
• Topicidade
• Intertextualidade
• Flexibilidade
• Multimodalidade
• Usabilidade
• Relevância
• Coerência
|
• Ler e escrever em diferentes suportes
• Com noção de totalidade
• Organização sequencial
•Unidimensional
|
• Ler e escrever somente em ambiente virtual
• Sem noção totalidade
• Presença de links
• Ideia de espaço hiperbólico
• Organização não sequencial
• Amplia as
possibilidades do leitor
• Rapidez de acesso à informação
• Abertura textual
• Multidimensional
|
7-Acrescente seus
comentários, dúvidas e interesses nesse guia de leitura.
Esse guia de estudos direcionou os estudos de forma a explorar
e entender bem o texto.
Muito bom!
Texto: TIPOS DE HIPERTEXTO
1-
Qual
é a definição de hipertexto adotada pelo autor?
Segundo o autor, hipertexto é uma modalidade linguística
que utiliza formas alternativas de construção textual que buscam contornar as
dificuldades impostas à leitura do texto na tela e também explorar os recursos
oferecidos pelo meio digital. O hipertexto guarda semelhanças com o texto
impresso e também algumas diferenças.
Pode-se dizer, então, que o
hipertexto representa uma continuidade da linha da oralidade, escrita, e
escrita hipertextual e que ele mantém um caráter de hibridismo, como esclarece
Braga, decorrente do meio que demanda uma nova modalidade linguística: a
escrita digital ou escrita eletrônica.
Assim, a definição de hipertexto ou
a visão que se tem dele depende, em grande parte, da área de estudo de quem o
define.
Finalizando a conceituação de
hipertexto, adotada neste trabalho, acrescentamos sua existência exclusivamente
eletrônica e a presença incondicional de links.
2-
Qual
a discussão terminológica em relação a “texto” e “documento”? Há outras
questões terminológicas que você poderia inserir nessa discussão? Quais?
Um texto é uma ocorrência linguística,
escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso. No caso de
textos virtuais, no
sentido estrito, o texto é algo processual, ele é aquilo que o leitor leu a
partir dos links, e não todos os segmentos disponibilizados e possíveis
de serem acessados, mas que não o foram.
Já o documento
pode definido como qualquer registro de informações, independentemente
do formato ou suporte utilizado para registrá-las. Os documentos virtuais são os textos acessados por meio dos links no
hipertexto que podem ser baixados ou
transferidos com extensão TXT, DOC, XLS,
PPT, JPG etc.
3-
O que
são hipertextos abertos e fechados? Exemplifique.
Os hipertextos fechados
são aqueles em que todo o conteúdo se encontra armazenado numa única unidade de
armazenamento (CD-ROM, por exemplo) ou servidor, e os links só podem ser feitos
entre documentos residentes no mesmo servidor.
Já os hipertextos
abertos são os que os conteúdos podem estar distribuídos em vários repositórios
ou servidores (Web, por exemplo), isto é, encontra-se fisicamente distribuído e
é possível fazer referências (links) entre documentos armazenados em servidores
distintos.
Para Snyder, os hipertextos podem classificados em quatro tipos:
a) os
fechados, como o HyperCard;
b) os
que são fundamentalmente sistemas de distribuição, como a www;
c) os
que só permitem leitura;
d) os que permitem ao usuário acrescentar textos, links
ou ambos.
4-
Quais
são os modelos de hipertexto que o autor comenta? Obtenha, na internet,
exemplos de cada modelo e comente sobre sua pesquisa (dificuldades e
facilidades).
os fechados, como o
HyperCard exemplo na figura abaixo
os que só permitem leitura; os que permitem ao usuário
acrescentar textos, links ou ambos.
5-
Qual
a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para as ciências
linguísticas?
Conhecer os
tipos e as estruturas de hipertextos é
de fundamental importância para as ciências linguísticas, pois esses tipos, as
estruturas de construção hipertextual influenciam na construção dos sentidos de
leitura. Segundo Braga (2003), o hipertexto é uma modalidade linguística que
utiliza formas alternativas de construção textual que buscam contornar as
dificuldades impostas à leitura do texto em tela e também explorar os recursos
oferecidos pelo meio digital que exploram e incorporam outros recursos, outros
modos de representação, com isso, se faz
necessário acrescentar o termo multimodal ao hipertexto. É preciso que as ciências linguísticas apreendam essas novas estruturas de construção textual semântica.
6-
Qual
a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para o ensino e para da
leitura e da escrita de hipertextos
Assim como como
devemos dominar as estruturas dos tipos de documentos ( como exemplo uma carta,
um parecer etc) para melhor construir e veicular a mensagem na construção de
sentidos comunicativos, por isso, devemos
dominar o conhecimento dos tipos e estruturas dos hipertextos, pois eles
nada mais são do que veículos comunicativos, os quais devemos saber ler e
interpretar esses meios comunicativos.
7-
Qual
a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para o desenvolvimento das
habilidades de leitura de hipertextos?
A pesquisa é a
ferramenta de construção de conhecimento, nesse sentido, é de fundamental
importância que ela construa saberes
dos variados tipos de hipertextos para o desenvolvimento das habilidades de
leituras dos diversos modos de hipertextos.
8-
Qual
deve ser o papel da escola com relação ao ensino da leitura e da produção de
hipertextos?
O papel da escola é o de
desenvolver os conhecimentos e habilidades dos educandos
nas diversas formas de linguagem. Ensinar a ler produzir hipertextos nos dias de hoje é tão
fundamental quanto à alfabetização do aluno. Pois, o mundo contemporâneo exige que as pessoas
sejam capacitadas para interagir também no mundo virtual, para isso devemos saber dominar as ferramentas que
nos possibilitam essa interação.
Texto: A TEXTUALIDADE DO
HIPERTEXTO
1-
Quais
as visões de texto e de leitor comentador por Koch? Em qual você mais se
encaixa como leitor(a)? E como professor(a)?
1ª perspectiva, nessa, Ingedore Coch vê o texto como resultado (
produto lógico) do pensamento humano, cujo leitor é um ser passivo que acolhe esse resultado.
2ª perspectiva, ela vê o texto como código e, portanto, mero
instrumento comunicativo do sujeito (pré) determinado pelo sistema, sendo o
texto que ele escreve é visto como mero produto da decodificação de um emissor.
Esse texto é totalmente explícito e o leitor é um decodificador passivo.
3ª perspectiva, concepção interacional (dialógica) de língua,
Koch nos diz que nela os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais,
o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os
interlocutores, como sujeitos ativos que – dialogicamente - nele se constroem e
são construídos. Dessa forma, há lugar no texto para toda uma gama de
implícitos.
Eu me encaixo na primeira na terceira perspectiva de Coch
relação ao de texto, como leitora
e como professora. Porque, ao construir
um texto, percebo que ele representa muito mais do que um produto
lógico de comunicação. Nele existem muitos outros sentidos nas “entrelinhas”
de um conjunto de palavras, não um mero conjunto de palavras. Não acredito
nessa visão de leitor/ouvinte passivo. Isso parece estar tão longe, perdido no
passado, se é que existiu um dia.
O processo de produção de texto é
interacionista, passa também pelo
ouvinte. Quando criamos um texto, nós o
fazemos pensando em quem vai ler ou ouvir nosso texto. Nesse sentido, segundo
Coch, o texto passa a ser considerado o
próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos que –
dialogicamente - nele se constroem e são construídos.
2-
É
possível estudar o hipertexto como discurso (3ª. Perspectiva mencionada por
Koch)? Quais as implicações?
Sim, pois o hipertexto não foge ao
conceito de texto que segundo Coch, o
texto é visto como um evento dialógico,
de interação entre sujeitos sociais – contemporâneos ou não, co-presentes ou
não, do mesmo grupo social ou não, e em diálogo constante. Nesse diálogo os
sujeitos se constroem e são construídos.
No caso do hipertexto tem a
implicação de não haver limitação do
interlocutor, que pode ser qualquer um desde que conectado à rede, já que o
hipertexto não constitui um texto realizado concretamente, mas apenas uma
virtualidade.
3- Quantos e quais são os elementos de
textualidade de um texto impresso e como eles se relacionam, teoricamente, com
o hipertexto? Faça um quadro que mostre essas relações e acrescente seus
comentários.
Elementos
de textualidade de um texto
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Texto
|
Hipertexto
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Comentário
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* Intertextualidade
* Informatividade
* Situcionalidade
* Topicidade
* Relevância
* Coerência.
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Intertextualidade
Informatividade
Situcionalidade
Topicidade
Relevância
Coerência
|
Os elementos do texto
também fazem parte dos hipertextos, mas há caso que esses elementos podem
interferir na semântica da textualidade no caso do hipertexto por se tratar
de um texto hibrido multimodal, por exemplo o elemento Intertextualidade que surgiu da ideia de que nenhum texto pode
existir sozinho. Nesse sentido, esse
elemento se encaixa também ao hipertexto, cuja essência é a
intertextualidade, múltiplos textos acessados por meio dos links. Diferente
do texto que a intertextualidade está dentro do próprio texto impresso.
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