domingo, 19 de outubro de 2014

Memória da aula do dia 08/10/2014.

Nessa  aula retomamos as discussões referetes às questões relacionadas ao texto e ao hipertexto para compreender as características fundamentais,  tanto de texto  quanto às do hipertexto, suas relacões,  os seus  elementos diferenciadores, as consequencias do hipertexto relacionadas à escrita e autoria,  a produção de sentidos em hipertextos multimodais.

Discutimos as contribuições que os autores Braga &Ricarte, Perfetti, Rada, Miall, Rouet & Levonen, Ingedore Coch, Lemke, Vieira e Beaugrande deram  para fundamentação do trabalho de GOMES (2010). 

Discutimos também  o  sentido do "HIPER"  no hipertexto e a  textualidade, intertextualidade do hipertexto.

Falamos sobre os fundamentos da linguistica, letramentos ( uso social da escrita), nível de qualificação dos profissionais cientistas  relacionados à area da  Linquistica.

Entre tantos assuntos discutidos,  o professor Luiz Fernando nos deu várias dicas de como aproveitar melhor os aplicativos do WORD para facilitar a produção de texto acadêmico, hipertexto e outras coisas mais.


Sites sugeridos pelo professor Dr. Luiz fernando Gomes.

http://www.nngroup.com/people/jakob-nielsen/

https://itunes.apple.com/br/app/saraiva-reader/id388188706?mt=8

http://vemprarua.org/


trabalho hipertexto.docx by Norberta Silva

Classses e tipos de links do hipertexto

Diagramas das classes e tipos de links.docx by Norberta Silva

terça-feira, 7 de outubro de 2014


 GUIA DE LEITURA PARA OS TEXTOS DA AULA DE 24/09/14.


Texto: TEXTO E HIPERTEXTO: O “HIPER” DO HIPERTEXTO E OUTRAS QUESTÕES
1-    Qual a motivação do autor para propor um estudo sobre o “hiper” do hipertexto, ou seja, o que o autor pretende com o texto?

O que motivou o autor  foi a necessidade  de entender melhor  o hipertexto como objeto de estudo da linguística;  sua produção; recepção e   sua usabilidade;  esta,  relacionada ao hipertexto enquanto produto tecnológico.
Pois,  segundo ele,  dependendo da visão que tivermos do hipertexto, isso trará implicações aos papeis que atribuímos aos autores e leitores de textos. E,  que a generalização do termo “hipertexto” explorado na internet, por exemplo, se aproxima muito dos textos impressos, deixando assim de explorar  outras linguagens multimodais e demais possibilidades técnicas dos hipertextos.  Com isso, o autor propõe que o texto  dentro de um hipertexto seja algo processual, aquilo que o leitor elegeu para ser lido a partir de links disponibilizados no hipertexto.

2-    Quais questões o autor discute? Enumere-as e comente-as, dando sua opinião e acrescentando ou refutando seus argumentos.

As questões que o autor discute nesse trabalho são:

1-    Compreensão do hipertexto e suas características constituintes fundamentais.
2-    As relações entre texto e hipertexto.
3-    Os elementos diferenciadores do hipertexto.
4-    As  consequências do hipertexto  para escrita  ( autoria) e a produção de sentidos em hipertextos multimodais.

                                                     Comentário
1-    Segundo o autor, desde os anos 60  a linguística vem tentando explicar a textualidade do texto, ou seja, o que faz o texto ser considerando um texto. O autor cita que o  conceito de texto ( segundo Coch, 2005) depende das concepções que se tenha da língua do sujeito, língua como código a ser desvendado e sujeito como conhecimento de mundo, assim o texto é um instrumento de comunicação, interação e lugar de construção de sentidos. Há nesse contexto, a necessidade de uma melhor compreensão de questões ainda não resolvidas pela  linguística a respeito do texto para depois tentar entender o processo de construção de sentido em um hipertexto.
2-     Há  estreita relação de texto com hipertexto, do ponto de vista da recepção cognitivo, todo texto é um hipertexto. Quatro são os fatores relevantes do texto e do hipertexto: Intertextualidade ( nenhum texto pode existir sozinho), Informatividade ( o fato novo, o desconhecido), Situcionalidade ( mensagem que o texto comunica, relação com situação) e Topocidade ( sequencia de tópicos colocados pelo autor).  No caso do hipertexto, o leitor perde a noção de totalidade do texto nesse fator. Nesse sentido, a noção de contexto pode mudar.
3-    Os elementos que diferenciam o hipertexto de um texto são o fato de o hipertexto só existir em um espaço virtual e de ter que  existir a presença de links que dão acesso a outros textos.
4-    As consequências do hipertexto para escrita é que ele facilita, amplia ou modifica a natureza da leitura e os papeis do autor e do leitor, ambos com mais poderes para construir sentidos em diferentes modalidades de linguagem.

       3-    Quais os autores/obras que ajudam o autor a fundamentar sua argumentação? É possível fazer um quadro seguindo critérios de posicionamento de cada um deles?

Autores que contribuíram com o autor na fundamentação de sua argumentação sobre “O “HIPER” DO HIPERTEXTO E OUTRAS QUESTÕES”.
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Braga e Ricarte (2005)
propõem uma explicação para a abrangência conceitual do termo hipertexto, lembrando que ele surge de conceitos técnicos de recuperação de arquivos digitais viabilizada por linguagens como o HTML13 e o XML14 e não de reflexões linguísticas.


Perfetti (“Text and Hypertext”, 1996)
Perfetti, ao iniciar sua reflexão sobre a relação entre texto e hipertexto, pergunta: o há de mais além do prefixo hiper- no hipertexto?.


(RADA,1991)
 (...) o prefixo hiper- tenha vários significados, e que ele não se refere, necessariamente, ao sentido de superior ou melhor.


Miall (1998)
 (...) diz que devemos partir do que sabemos sobre leitura e escrita de textos impressos e os processos psicológicos que as embasam para verificarmos de que maneira o hipertexto muda ou impacta esses processos.


Rouet & Levonen (1996)
(...) na buscam de semelhanças do texto e hipertexto, e retomam o percurso de muitos pesquisadores, justificando sua escolha devido à falta de fundamentação teórica disponível.
Koch (2005
  Busca também as semelhanças entre texto e hipertexto (...) ao comparar, assim como Rouet e Levonen, as notas de rodapé e as referências feitas no texto acadêmico impresso com os links e à liberdade do leitor em interromper a leitura no momento em que quiser para ler ou consultar as notas.
Lemke (2002)
 Para ele, “o hipertexto difere radicalmente do texto impresso na medida em que oferece ao leitor apenas unidades de informação com possibilidades de trajetórias e loops sem que haja um eixo narrativo ou argumentativo que os relacione entre si de forma seqüencial”.
Marcuschi (2006)
(...) defendendo um ponto de vista que me parece demasiadamente amplo sobre o que é que hipertexto que, por explicar tudo, acaba não explicando nada.
(LANDOW, 1997; SNYDER,1998),
(...)desnecessária a adjetivação hipertexto eletrônico e incorreta a denominação de proto-hipertexto, adotada por alguns autores posto que o hipertexto nasceu com os recursos da eletrônica.
Vieira (2002)
(...) certamente, alargarão as fronteiras das pesquisas linguísticas nessa área e nos ajudarão a compreender seus limites e possibilidades, como também é o caso do presente trabalho de pesquisa.
Beaugrande (1997)
 como princípios de acesso e não de boa formação textual, Entre tais princípios,27. caberia mencionar a intertextualidade, a informatividade, a situcionalidade, a topicidade, a relevância e a coerência.”


4-     Qual a crítica que o autor faz a respeito das mudanças de foco nas pesquisas sobre hipertexto e sobre os modismos acadêmicos?

O autor critica a mudança de foco nas pesquisas sobre hipertexto  no sentido  que,  os modismos acadêmicos  não estão direcionando os  estudos sobre hipertextos para linha da linguística como deveria ser. Suas pesquisas  têm se restringido, muitas vezes,  na tentativa de caracterizar o hipertexto,  relacionando-o  a  conceitos técnicos,  à sua usabilidade, deixando de lado suas características linguísticas. Não se preocupando assim,  em chamar a atenção para diferentes possibilidades inovadoras de construção de sentidos,  nas diversas modalidades de linguagens  que compõem um hipertexto.

5-    O que ou em que as pesquisas na área de Linguística Aplicada e Linguística de Texto deveriam se ater para estudar o hipertexto? Quais questões estão em aberto, segundo o autor?

Segundo o autor, as pesquisas na área de Linguística  Aplicada deveriam se ater às discussões, estudos e, especialmente, a experimentos na área da leitura e escrita em ambientes pedagógicos ou não, para que possamos  compreender melhor o hipertexto e como se dão os processos de autoria e, de construção de sentido.

6-    É possível fazer um quadro entre as semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto? Discuta essa possibilidade e proponha um quadro. Acrescente uma coluna com suas próprias observações e comentários a respeito de cada item.
                 
Segundo o autor, há diferenças e semelhanças entre o texto e o hipertexto, ele nos apresenta alguns autores que têm se debruçado sobre esse assunto.

Segundo ele,  “Rouet & Levonen (1996) partem para uma comparação entre texto e hipertexto buscando as semelhanças  entre eles. Para isso,  eles “retomam referencias  de outros pesquisadores justificando sua escolha devido à falta de fundamentação teórica disponível. (...). Assim, para eles, no hipertexto, as informações são colocadas em “páginas” e há também um índice”.



“Koch (2005) complementa a ideia “ao comparar, assim como Rouet e Levonen, as notas de rodapé e as referências feitas no texto acadêmico impresso com os links e à liberdade do leitor em interromper a leitura no momento em que quiser para ler ou consultar as notas”. (...) Koch, analisando outros tipos de textos, tais como textos acadêmicos, notícias jornalísticas, livros didáticos, revistas de divulgação científica e, em graus diversos, para muitos outros gêneros textuais, inclusive os dicionários e enciclopédias, é comum encontrar boxes, gráficos, tabelas, fotos e ilustrações aos quais o texto de fundo remete e que o leitor poderá ler para obter uma visão mais completa do que está acontecendo para construir a sua interpretação do fato”.




Lemke (2002) são mais radicais ao apontar as diferenças. Para ele, “o hipertexto difere radicalmente do texto impresso na medida em que oferece ao leitor apenas unidades de informação com possibilidades de trajetórias e loops sem que haja um eixo narrativo ou argumentativo que os relacione entre si de forma sequencial”.





“Marcuschi (2006) também toma atitude radical, defendendo um ponto de vista que me parece demasiadamente amplo sobre o que é que hipertexto que, por explicar tudo, acaba não explicando nada. Para ele “o hipertexto não é um fenômeno do meio estritamente eletrônico ou exclusivamente do mundo digital...” (p.186)”.



“Braga (2004, p. 146) já defende uma postura mais moderada, pois, para ela, o hipertexto é uma continuidade do texto impresso; diz a autora que: a organização estrutural do hipertexto recupera e expande formas de relações inter e intra-textuais já exploradas nos textos impressos, principalmente os de natureza acadêmica.

No entanto, segundo a autora, há uma diferença fundamental: na tela, essas ligações vão além de expansões ou relações secundárias e passam a ser centrais na estruturação do texto”.



“LANDOW, 1997; SNYDER,1998)(...) “torna desnecessária a adjetivação hipertexto eletrônico, e  incorreta a denominação de proto-hipertexto, adotada por alguns autores. (Landow, 1997, por exemplo), posto que o hipertexto nasceu com os recursos da eletrônica”.

Segundo o autor, o que percebemos é que as opiniões sobre as semelhanças e diferenças entre texto e hipertexto apresentam pontos de vista que revelam diferentes olhares sobre o hipertexto.


            Quadro comparativo
Semelhanças  entre texto  e hipertexto
Diferenças entre texto e hipertexto
Texto e hipertexto
Texto
hipertexto
• Informatividade

• Situcionalidade

• Topicidade

• Intertextualidade

• Flexibilidade

• Multimodalidade

• Usabilidade

•  Relevância

• Coerência
• Ler e escrever em diferentes suportes

• Com noção de totalidade

• Organização sequencial

•Unidimensional
• Ler e escrever somente em ambiente virtual
• Sem noção totalidade
• Presença de links
• Ideia de espaço hiperbólico
• Organização não sequencial
 • Amplia as possibilidades do leitor
• Rapidez de acesso à informação
• Abertura textual
• Multidimensional





7-Acrescente seus comentários, dúvidas e interesses nesse guia de leitura.
Esse guia de estudos direcionou os estudos de forma a explorar e entender bem o texto.
Muito bom!

Texto: TIPOS DE HIPERTEXTO

1-    Qual é a definição de hipertexto adotada pelo autor?
           
Segundo o autor, hipertexto é uma modalidade linguística que utiliza formas alternativas de construção textual que buscam contornar as dificuldades impostas à leitura do texto na tela e também explorar os recursos oferecidos pelo meio digital. O hipertexto guarda semelhanças com o texto impresso e também algumas diferenças.

Pode-se dizer, então, que o hipertexto representa uma continuidade da linha da oralidade, escrita, e escrita hipertextual e que ele mantém um caráter de hibridismo, como esclarece Braga, decorrente do meio que demanda uma nova modalidade linguística: a escrita digital ou escrita eletrônica.

Assim, a definição de hipertexto ou a visão que se tem dele depende, em grande parte, da área de estudo de quem o define.
Finalizando a conceituação de hipertexto, adotada neste trabalho, acrescentamos sua existência exclusivamente eletrônica e a presença incondicional de links.

2-    Qual a discussão terminológica em relação a “texto” e “documento”? Há outras questões terminológicas que você poderia inserir nessa discussão? Quais?


Um texto é uma ocorrência linguística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso. No caso de textos virtuais, no sentido estrito, o texto é algo processual, ele é aquilo que o leitor leu a partir dos links, e não todos os segmentos disponibilizados e possíveis de serem acessados, mas que não o foram.
Já o documento pode definido como  qualquer registro de informações, independentemente do formato ou suporte utilizado para registrá-las. Os documentos virtuais  são os textos acessados por meio dos links no hipertexto que  podem ser baixados ou transferidos  com extensão TXT, DOC, XLS, PPT, JPG etc.


3-    O que são hipertextos abertos e fechados? Exemplifique.

Os hipertextos  fechados são aqueles em que todo o conteúdo se encontra armazenado numa única unidade de armazenamento (CD-ROM, por exemplo) ou servidor, e os links só podem ser feitos entre documentos residentes no mesmo servidor.
Já  os hipertextos abertos são os que os conteúdos podem estar distribuídos em vários repositórios ou servidores (Web, por exemplo), isto é, encontra-se fisicamente distribuído e é possível fazer referências (links) entre documentos armazenados em servidores distintos.

Para Snyder, os  hipertextos podem classificados em  quatro tipos:

a)    os fechados, como o HyperCard;

b)    os que são fundamentalmente sistemas de distribuição, como a www;

c)    os que só permitem leitura;

d)    os que permitem ao usuário acrescentar textos, links ou ambos.


4-    Quais são os modelos de hipertexto que o autor comenta? Obtenha, na internet, exemplos de cada modelo e comente sobre sua pesquisa (dificuldades e facilidades).

os fechados, como o HyperCard  exemplo na figura abaixo




os que são fundamentalmente sistemas de distribuição, como a www;


os que só permitem leitura; os que permitem ao usuário acrescentar textos, links ou ambos.
BLOG -  Norberta Silva alterou sua foto do perfil.Compartilhada publicamente  -  22/09/2014

                                                                                                               


5-    Qual a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para as ciências linguísticas?

Conhecer os tipos e as estruturas  de hipertextos é de fundamental importância para as ciências linguísticas, pois esses tipos, as estruturas de construção hipertextual  influenciam na construção dos sentidos de leitura.  Segundo Braga  (2003),  o hipertexto é uma modalidade linguística que utiliza formas alternativas de construção textual que buscam contornar as dificuldades impostas à leitura do texto em tela e também explorar os recursos oferecidos pelo meio digital que exploram e incorporam outros recursos, outros modos de representação,  com isso, se faz necessário acrescentar o termo multimodal ao hipertexto. É preciso  que as ciências linguísticas apreendam  essas novas estruturas de construção  textual semântica.


6-    Qual a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para o ensino e para da leitura e da escrita de hipertextos

Assim como como devemos dominar as estruturas dos tipos de documentos ( como exemplo uma carta, um parecer etc) para melhor construir e veicular a mensagem na construção de sentidos comunicativos, por isso, devemos  dominar o conhecimento dos tipos e estruturas dos hipertextos, pois eles nada mais são do que veículos comunicativos, os quais devemos saber ler e interpretar esses meios comunicativos.


7-    Qual a importância da pesquisa sobre tipos de hipertextos para o desenvolvimento das habilidades de leitura de hipertextos?

A pesquisa é a ferramenta de construção de conhecimento, nesse sentido, é de fundamental importância que ela   construa saberes dos variados tipos de hipertextos para o desenvolvimento das habilidades de leituras dos diversos modos de hipertextos.


8-    Qual deve ser o papel da escola com relação ao ensino da leitura e da produção de hipertextos?

O papel da escola é o de desenvolver os conhecimentos e habilidades dos  educandos  nas diversas formas de linguagem.  Ensinar  a ler  produzir hipertextos nos dias de hoje é tão fundamental quanto à alfabetização do aluno. Pois,  o mundo contemporâneo exige que as pessoas sejam capacitadas para interagir também no mundo virtual, para  isso devemos saber dominar as ferramentas que nos possibilitam essa interação.


Texto: A TEXTUALIDADE DO HIPERTEXTO

1-    Quais as visões de texto e de leitor comentador por Koch? Em qual você mais se encaixa como leitor(a)? E como professor(a)?


1ª perspectiva, nessa,   Ingedore Coch vê o texto como resultado ( produto lógico) do pensamento humano, cujo leitor  é um ser passivo que acolhe esse resultado.

2ª perspectiva,   ela vê o texto como código e, portanto, mero instrumento comunicativo do sujeito (pré) determinado pelo sistema, sendo o texto que ele escreve é visto como mero produto da decodificação de um emissor. Esse texto é totalmente explícito e o leitor é um decodificador passivo.

3ª perspectiva,  concepção interacional (dialógica) de língua, Koch nos diz que nela os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, o texto passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos que – dialogicamente - nele se constroem e são construídos. Dessa forma, há lugar no texto para toda uma gama de implícitos.

Eu  me  encaixo  na primeira na terceira perspectiva de  Coch  relação ao de texto,  como leitora e como  professora. Porque, ao construir um texto,  percebo que  ele representa muito mais do que um produto lógico  de comunicação.  Nele existem muitos outros sentidos nas “entrelinhas” de um conjunto de palavras, não um mero conjunto de palavras. Não acredito nessa visão de leitor/ouvinte passivo. Isso parece estar tão longe, perdido no passado, se é que existiu um dia. 
 O processo de produção de texto é interacionista,  passa também pelo ouvinte. Quando criamos  um texto, nós o fazemos pensando em quem vai ler ou ouvir nosso texto. Nesse sentido, segundo Coch, o texto  passa a ser considerado o próprio lugar da interação e os interlocutores, como sujeitos ativos que – dialogicamente - nele se constroem e são construídos.


2-    É possível estudar o hipertexto como discurso (3ª. Perspectiva mencionada por Koch)? Quais as implicações?

Sim, pois o hipertexto não foge ao conceito de texto que segundo Coch,  o texto é visto como  um evento dialógico, de interação entre sujeitos sociais – contemporâneos ou não, co-presentes ou não, do mesmo grupo social ou não, e em diálogo constante. Nesse diálogo os sujeitos se constroem e são construídos.
No caso do hipertexto tem a implicação de não haver limitação do interlocutor, que pode ser qualquer um desde que conectado à rede, já que o hipertexto não constitui um texto realizado concretamente, mas apenas uma virtualidade.


3-    Quantos e quais são os elementos de textualidade de um texto impresso e como eles se relacionam, teoricamente, com o hipertexto? Faça um quadro que mostre essas relações e acrescente seus comentários.


Elementos de textualidade de um texto

Texto
Hipertexto
Comentário

 * Intertextualidade
 * Informatividade
 * Situcionalidade
 * Topicidade
 * Relevância
 * Coerência.

  Intertextualidade
  Informatividade
  Situcionalidade
  Topicidade
  Relevância
  Coerência
Os elementos do texto também fazem parte dos hipertextos, mas há caso que esses elementos podem interferir na semântica da textualidade no caso do hipertexto por se tratar de um texto hibrido multimodal, por exemplo o elemento Intertextualidade que  surgiu da ideia de que nenhum texto pode existir sozinho. Nesse sentido,  esse elemento se encaixa também ao hipertexto, cuja essência é a intertextualidade, múltiplos textos acessados por meio dos links. Diferente do texto que a intertextualidade está dentro do próprio texto impresso.